sábado, 24 de outubro de 2015

A Trajetória de São José de Anchieta

          Através da trajetória de S. José de Anchieta, conhecemos a importância da Presença da Companhia de Jesus tanto na formação cristã do povo brasileiro, como no estabelecimento das relações entre colonos europeus, indígenas e, mais tarde, escravos negros.
           A chegada de Anchieta ao Brasil data de 1553. No mesmo ano, ele e o padre Manoel da Nóbrega transpuseram a Serra do Mar para fundar a Vila de São Paulo de Piratininga, evento que se deu no dia 25 de janeiro de 1554.
          Em 18 de abril de 1563, Nóbrega partiu do por mar rumo à Aldeia Tamoio de Iperoig- Ubatuba- levando Anchieta, numa tentativa de "estabelecer a paz com os selvagens", que incentivados pelos Franceses de Villegaignon, formando a poderosa "confederação dos Tamoios", para destruir totalmente a colônia Portuguesa, exterminando os habitantes ou forçando-os a sairem do país. Em junho de 1563 , Nóbrega retornou a São Vicente, levando as condições de paz oferecidas pelos índios, deixando, entretanto, Anchieta como refém, ocasião em que o taumaturgo compôs o "Poema a Virgem", nas areias de Ubatuba, atual praia do Cruzeiro, chamada de Iperoig. Conta a História que Anchieta escreveu os versos na areia, afim de melhor memorizá-los.
             A 14 de Setembro de 1563, Anchieta regressa a São Vicente, em companhia de Canhambebe, onde chegou no dia 21 do mesmo mês. Graças ao Santo Anchieta, a 14 de outubro de 1563, foi celebrada entre os Portugueses e Tamoios a paz de Iperoig, o primeiro tratado levado a efeito no território americano. Essa paz serenou os ânimos dos Tamoios e deu ensejo aos portugueses a melhor se prepararem para atacar os franceses instalados na Guanabara.
            Entretanto, não ficou só nessa importante missão a contribuição de Anchieta para a expulsão dos Franceses do território brasileiro. Em 1564, ele e o Padre Gonçalo de Oliveira, dedicam-se a recrutar gente para a Armada de Estácio de Sá,e, a 31 de março do mesmo ano, em companhia do Padre Nóbrega, vai ao Rio de Janeiro encontrar-se com a frota daquele bravo comandante, retornando, mais tarde, com Estácio de Sá, para São Vicente.
            Em 22 de Janeiro de 1565, a Armada suspendeu ferros em São Vicente, levando Anchieta e numerosos recrutas, ancorando na Barra do Rio de Janeiro no dia 2 de março e, no dia 6, Anchieta assiste ao Lançamento da Povoação de São Sebastião do Rio de Janeiro, entre o Morro do Cão e o Pão de Açúcar e ajudou a erguer fortificações e fossos, para a defesa contra os invasores.
             A guerra continuava violenta, quando, em 1566, o taumaturgo guerreiro parte para Salvador, para levar notícias a Mem de Sá. Em agosto, ao completar 30 anos, ordena-se Sacerdote e reza a sua primeira Missa. Em novembro incorpora-se novamente à esquadra de Mem de Sá, chegando ao Rio de Janeiro em 18 de Janeiro de 1567.
            Sob o comando de Mem de Sá, essa guerra logo depois acabou, com a expulsão dos franceses, graças à união de portugueses e índios, auxiliados pelos Jesuítas, pondo um ponto final ao sonho dos franceses de fundar uma colônia Protestante e acabando com a Fé Católica em nosso País.
           Vitoriosas as tropas luso brasileiras, Anchieta vaio para São Vicente e transferiu o Colégio para o Rio de Janeiro, onde dedicou-se à catequese dos índios de São Lourenço, hoje Niterói, até 1570. Neste mesmo ano, com a Morte do Padre Manoel de Nóbrega, Anchieta assumiu o cargo de reitor do Colégio do Rio, onde ficou até 1573. Nesse ano seguiu para a Bahia, sofreu um naufrágio durante a viagem, e, milagrosamente, foi lançado são e salvo em uma praia. A pé chegou a Vitória, onde ficou até erguer a Igreja de São Tiago, seguindo depois, para a Bahia. Só em 1574, voltou para São Vicente, ocasião em que , no local onde hoje é Guarulhos, teria estabelecido o aldeamento dos Tapuias.
           Em 1578, Anchieta é feito Provincial da  Companhia de Jesus no Brasil. Em 1584, acompanha Cristóvam de Gouveia ás aldeias do Espírito Santo, Santo Antonio e São João.       
Em 1585 renuncia ao Provincialato.
Em 1586, Anchieta vem a São Sebastião do Rio de Janeiro.
Em 1587, vai ao Espirito Santo.
Em 1592, assiste a Congregação Provincial da Companhia de Jesus da Bahia.
Em 1595, é nomeado Superior da casa da Companhia de Jesus na Capitania do Espirito Santo.
Em 9 de junho de 1597. São José de Anchieta Morre na Aldeia de Reritiba, com 63 anos de idade, 46 de membro da Companhia de Jesus e 44 de missão no Brasil.
Em 1611, o geral da Companhia de Jesus, Claudio Aquaviva manda transladar as relíquias de Anchieta, parte para a Bahia e parte para Roma. Um documento inédito do Arquivo nacional, diz que a Canela de Anchieta ficou no tesouro dos Jesuítas do Espírito Santo.

CONTINUA ..............

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